quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Só um pouquinho, pode!


CCB e o consumo de bebida alcoólica

Muitos sabem que a CCB não condena o consumo de bebida alcoólica. Isto já lhe rendeu o título vexatório de Congregação Cristã do Barril, dado por membros de outras igrejas evangélicas.

Se o consumo de bebida alcoólica está certo ou errado, isto já é uma outra história. O fato é que muitos membros da CCB afirmam que beber qualquer tipo de álcool é pecado, assim como outras denominações evangélicas também acreditam ser. No entanto, existem provas vergonhosas contra esta argumentação dos membros mais tradicionais da CCB. OFICIALMENTE, o ministério da Congregação não proíbe o consumo de álcool, desde que seja com moderação. Mas qual seria o limite? Um ex alcoólatra, por exemplo, pode se sentir confortável tomando 10 garrafas de cerveja sozinho e afirmar estar sóbrio. Um iniciante no mundo da bebida pode tomar um copo de vinho e ficar tonto, começar a falar besteira e partir para o ridículo.

Quem já freqüentou casa de ancião, cooperador e diácono, encarregados regionais já deve ter notado as garrafas de whisky, champagne, vinhos e outros tipos de bebidas alcoólicas em exibição nas estantes. Isto se eles mesmos não abriram uma latinha de cerveja no almoço e ofereceram uma outra para a visita, logo após ter sido feita a oração de agradecimento pela refeição.

Obvio que uma parcela do ministério e da irmandade continua a achar errado (ou pecado) o consumo de bebida alcoólica. Mas esta não é a posição oficial da igreja. Veja nos tópicos abaixo como a CCB trata o assunto da ingestão de bebidas alcoólicas.

TÓPICOS - ASSEMBLÉIA DE 28 A 31 DE MARÇO E 1° DE ABRIL DE 1961

SANTA CEIA
No cumprimento desse sacramento, o pão deve vir inteiro para a mesa; para ser usado não deve ser cortado com faca. Não deve ser pão doce, porém pão comum; a bandeja pode ser apropriada, assim como pode ser um simples prato. Deve ser usado um cálice e não copo e nem cálice pequenino de aperitivo; os irmãos de fora podem pedir um modelo ou comprar o cálice aqui em São Paulo.... - ...O vinho deve ser tinto, feito de uva “o fruto da vide, como diz o Evangelho”. Não há bebida alguma ou qualquer refrigerante ou refresco que possa substituir o vinho na Santa Ceia; se não há vinho é impossível realisa-la..... - Lembremo-nos que o povo de Deus muitas vezes não tendo cultura é sábio e nota tudo o que está fora da palavra. A santa ceia deve ser feita a tarde ou a noite e nunca pela manhã.

... Quanto ao tipo de vinho [da Santa Ceia]: NÃO É SUCO DE UVA - NÃO É VINHO BRANCO - NÃO É VINHO ESPUMANTE (FRIZANTE) - NÃO É QUALQUER TIPO DE BEBIDA ALCOÓLICA - DEVE SER VINHO TINTO, SECO.

TÓPICOS - ASSEMBLÉIA DE 23 A 27 DE MARÇO DE 1970

12 - COMPANHEIROS DE VIAGEM 

Nas viagens em missão dos servos de Deus eles devem aceitar para companheiros irmãos que possuam bom testemunho. Que não falem chocarrices, nem dados a brincadeiras, comprometendo assim o serrvo de Deus perante a irmandade por onde passa. Nos percursos de viagem o servo de Deus deve permanecer em comunhão. Não se sabe o espírito que será encontrado no lugar para onde se dirigeÉ indispensável que se tome muita atenção quanto ao abuso de bebidas alcoólicasQuem viaja com os servos de Deus deve saber que a missão é dele, acompanhando-o assim para onde ele for, sem interferir no desenvolvimento da missão.  (Ou seja, pode-se tomar bebida alcoólica, só não pode abusar. Qual seria o limite para um ex alcoólatra e para um iniciante?)

27 - (*) BEBIDAS    

Não queremos proibir bebidas; o que é necessário é se alertar contra os abusos(Qual seria o limite para um ex alcoólatra e para um iniciante?) Não comer nem beber demais. Tudo nos é lícito, mas nem tudo nos convém. Em casamentos tem havido abusos, não só no beber e no comer assim como no vestir. Porque é festa de casamento pode-se usar vestido curto? Usar pintura? Trajes decotados ou sem mangas? - De modo algum. E às vezes são irmãs velhas no caminho que assim agem. 
Tópicos de ensinamentos 1992 - 57 – Assembléia

12 – BEBIDAS

A Palavra de Deus nos ensina a moderação. Em festas de casamento, muitas vezes, há bebidas de alto teor alcoólico. Para o po­vo de Deus convém sempre a moderação, em tudo, a fim de não sermos reprovados. (Ou seja, tomar um pouco pode. Qual seria a medida para um ex alcoólatra e para um iniciante?)

Tópicos de ensinamentos 1995 - 60 - Assembléia

10 - SANTA CEIA - ORAÇÕES PELO PÃO E PELO CÁLICE.
...Não se celebra a Santa Ceia em presídios, por não ser permiti­da a entrada, nesses locais, de bebida alcoólica.

Tópicos de ensinamentos 2002 - 67 - Assembléia

* 6 - CASAMENTOS - ONDE DEVE SER FEITA A ORAÇÃO
A irmandade não deve se esquecer da moderação na alimentação e nas bebidas, para não dar mau testemunho.

24 - BANQUETES POR OCASIÃO DE ORDENAÇÕES
Há localidades em que são alugados salões e se fazem churrascada e distribuição de bebidas até para estranhos que por ali passam, por ocasião da ordenação de anciães e diáconos. Já fomos ensinados a não fazer banquetes nessas ocasiões (tópico de 1976). A Palavra de Deus diz que os presbíteros não devem ser dados ao vinho. Evitemos tudo o que possa causar escândalo ou tropeço aos irmãos e aos de fora.

Tópicos de ensinamentos 2005 - 70 - Assembléia

12 - BEBIDAS ALCOÓLICAS - FALTA DE MODERAÇÃO
Está escrito na Palavra de Deus que os comilões e beberrões não entrarão no céu. A Palavra de Deus condena a embriaguez e a glutonaria. Nas festas, sem perceber a pessoa pode exagerar. Os servos de Deus são continuamente observados. Aos filhos de Deus convém a sobriedade e a moderação. Os que exagerarem deverão ser advertidos pelo ministério.

A CCB defende a moderação e invoca a Bíblia para suportar esta idéia. Na prática, o consumo de bebidas alcoólicas é tolerado e muitas das vezes até mesmo incentivado nas festas de casamentos, aniversários,na virada de ano novo e até mesmo naschurrascadas que comemoram a ordenação de irmãos para o ministério deancião. Irmãos que possuem ministério bebem sem muita preocupação de escandalizar outras pessoas que podem considerar esta prática um escândalo para o Evangelho.

Não estamos querendo dizer que não existam beberrões em outras igrejas evangélicas. É obvio que há. O que pretende-se elucidar aqui é o tratamento que a Congregação Cristã dá a este tema, não considerando um pecado, como alguns membros tentam argumentar.

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