Criar mitos para manter as pessoas dentro de uma escravidão espiritual e psicológica, não é próprio de genuínos servos de Deus. Situações como essa revela a profunda necessidade que existe de uma reforma dentro da CCB.
Temos tido notícias e acompanhado o êxodo crescente dos membros da CCB para as denominações evangélicas, e grupos cristãos de reforma. Isso vem acontecendo na medida que os olhos da irmandade vão sendo abertos através da compreensão clara da verdadeira mensagem do evangelho deixado pelo Filho de Deus, e da realidade da abrangência e universalidade do Corpo de Cristo, Sua Igreja. Esse fato tem incomodado os dirigentes e mentores da CCB, principalmente porque haviam criado uma série de mitos, que provaram não serem verdadeiros. Esses mitos, eram utilizados para promoverem uma falsa segurança psicológica, e manter o indivíduo preso a um sistema fechado, preconceituoso e de controle mental ferrenho. Quais são esses mitos, e como foram desmascarados?
Mito 1: "Alguém só sai da CCB se estiver no pecado."
Com isso em mente, todo aquele que saía acabava sendo rejeitado por toda
irmandade, mesmo que a grande maioria não fosse pelo motivo apontado acima. Isso
funcionava como uma espécie de 'analgésico psicológico' para que ninguém fosse
estimulado a contestar, e ao mesmo tempo criar uma barreira de comunicação com o
'membro desviado'. Esse mito foi desmascarado quando muitos daqueles que saíram
não se calaram, e pela sua idoneidade e seriedade de conduta contestaram a
público esse arrazoado, além das práticas nada cristãs ocultas que foram
expostas, justamente daqueles que mais impingiam esse mito! Além do mais essa
era uma tática utilizada pelos próprios inimigos de Jesus, os fariseus, quando
algum indivíduo se colocava ao lado do Mestre, para denegrir a credibilidade de
Jesus e de seus seguidores(João 9:13-34).
Mito 2: "Deus não opera numa divisão de sua obra".
Junto com esse argumento, algumas vezes eram contados supostos testemunhos de
pessoas que na tentativa de contestar a CCB e criarem um grupo paralelo, tiveram
um final trágico, trazendo prejuízo para si próprios e para aqueles que os
seguiram. Curiosamente eram deixado de lado, casos em que o final não foi ruím,
mas positivo. Sequer foi mencionado os países em que as sementes lançadas pelo
fundador da CCB, foram assimilidas por grupos cristãos, e se tornaram em
denominações genuinamente evangélicas. Além do que, existem vários casos na
Bíblia, de divisões permitidas pelo próprio Deus, devida a corrupção e negridão
espiritual dos respectivos dirigentes (Vede I Reis 11:11-13, 30-40, 12:15-17,24;
Mateus 10:34-35; João 10:3; Atos 9:21-24; Apocalipse 18:4-5). Ironicamente a
própria CCB é resultado de uma divisão na denominação Presbitariana, e
posteriormente no pentecostalismo!
Mito 3: "Deus não opera em tantas obras diferentes, só existe um tipo de
doutrina correta, e essa é a da CCB."
Essa linha de argumentação é a que mais cria preconceito e ranso religioso na
CCB, é motivo de soberba entre a irmandade, e leva nocivamente para uma forma de
idolatria. Esse tipo de mentalidade chega ao ponto de fazer com que os membros
da CCB passem a acreditar que o 'Deus verdadeiro' está somente entre eles, e que
as denominações evangélicas adoram outros deuses.
O que ignoram é que esse pensamento não é novo, mas teve origem com o
Catolicismo Romano quando da Reforma Protestante. Os romanistas procurando
abafar a repercussão que a reforma estava causando, sustentavam o pilar do
'catolicismo romano como a única igreja verdadeira', neste entender, fora dela
só havia divisões, doutrinas contraditórias e inúmeras interpretações bíblicas
sem o apoio da 'igreja'. Os reformadores em contra partida, defendiam o
livre-exame das Escrituras, que deveria ser estudada, e toda doutrina avaliada
de acordo com ela. Já imaginou se o argumento do catolicismo tivesse sido
aceito, e a reforma se encerrado?
Além disso, o mover de Deus, Sua salvação, e propagação do Seu evangelho
independe da diversidade dentro do cristianismo.
Em Efésios 3:21 lemos que a glória ao Senhor é dada na igreja por todas
gerações, isso indica que não houve geração, apesar da diversidade na Igreja,
que não tivesse trazido glória ao Senhor.
Mateus 16:18 afirma que as portas do inferno não prevaleceriam contra a igreja
do Senhor, se a diversidade no seio da igreja fosse motivo para a igreja ter
deixado de existir em alguma época, o inferno teria prevalecido, e as palavras
de Jesus não seriam verdadeiras.
Mateus 28:20 diz que o Senhor estaria conosco todos os dias até consumação dos
séculos, se a diversidade tivesse extinguido a ação do Senhor na igreja, não
faria sentido estas palavras.
Dentro do cristianismo, na essência existe unidade, mas no secundário existe
diversidade. O que distingue o cristianismo das seitas e religiões, é exatamente
o conteúdo do evangelho que propagam (Gálatas 1:8-9). Neste quesito a CCB está
reprovada, e infelizmente longe da genuína fé cristã.
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